Convidamos organizações dos treze países elegíveis da África Austral a submeter candidaturas a financiamento para apoiar projetos que promovam e defendam a liberdade, a igualdade e a inclusão social e económica de mulheres e homens homossexuais e bissexuais, e de pessoas transgénero e intersexuais. Os financiamentos, de preferência concedidos em subvenções plurianuais, podem ser utilizados para projetos específicos que promovam estratégias de defesa e construção de movimentos, que apoiem o trabalho contínuo das organizações LGBTI no sentido de mudar narrativas prejudiciais sobre as pessoas LGBTI, ou que reposicionem o seu ativismo e advocacia de maneira a responder ao contexto presente de crescente conservadorismo e vulnerabilidade de ativistas LGBTI.

Embora consideraremos propostas de caráter inovador em geral, projetos que se centrem em áreas específicas de atuação receberão consideração prioritária, uma vez que os fundos foram direcionados para algumas áreas específicas:

• Desenvolvimento de iniciativas de advocacia a nível nacional e/ou multinacional focadas em grupos intersexuais, lésbicas e transgénero na África Austral. Qualquer iniciativa deverá incluir ativamente aliados nos meios de comunicação social, organizações religiosas, empresas, governo, lideranças culturais e tradicionais, e pais e famílias de ativistas LGBTI.
• Desenvolvimento de campanhas conjuntas de advocacia em vários países e de ações públicas contundentes, desenvolvidas com aliados estratégicos com o objetivo de reduzir a discriminação contra as pessoas LGBTI e de proteger os seus direitos humanos, especialmente em relação a cirurgias genitais medicamente desnecessárias em crianças intersexuais, a violência e violação de mulheres lésbicas negras e de pessoas LGBTI cuja expressão de género seja visivelmente não-normativa, e o reconhecimento legal da identidade de género para cidadãos trans ou pessoas com identidades de género diversa.
• Iniciativas que abordem a discriminação e a violência especificamente perpetrada contra mulheres lésbicas e pessoas transgênero e intersexo.

A Fundação também apoiará atividades e iniciativas focadas nas seguintes áreas:

• Dar voz pública aos pais de pessoas LGBTI como defensores da liberdade, igualdade, e inclusão social e económica das pessoas LGBTI.
• Engajamento com líderes e organizações religiosas sobre a igualdade e a dignidade humana, a segurança, e a inclusão social de pessoas LGBTI.
• Engajamento direto ou indireto com líderes culturais ou tradicionais sobre a igualdade e a dignidade humana, a segurança, e a inclusão social de pessoas LGBTI.
• Promoção da participação económica de pessoas LGBTI através do desenvolvimento do empreendedorismo LGBTI e de práticas sobre diversidade, equidade e inclusão a partir de uma perspectiva LGBTI, tais como a diversidade no mundo empresarial, a inclusão LGBTI no local de trabalho, o trabalho com sindicatos para promoção da diversidade e inclusão, e pesquisas que ajudem a melhorar as práticas empresariais em matéria de diversidade, equidade e inclusão.
• Campanhas de advocacia que abordem as atitudes sociais excludentes ou políticas públicas e leis discriminatórias contra pessoas LGBTI.
• Iniciativas que desafiem narrativas e estereótipos prejudiciais contra pessoas LGBTI e que possam promover a aceitação de pessoas LGBTI no espaço público.
• Desenvolvimento de filantropia para o apoio do ativismo LGBTI para a igualdade e inclusão social.

A Fundação tem um interesse particular em financiar grupos que:

• Encabecem iniciativas ou desenvolvam alianças com outras organizações LGBTI ou com aliados fora do movimento LGBTI, especialmente iniciativas e campanha de advocacia;
• Colaborem com movimentos da sociedade civil não-LGBTI e/ou se envolvam diretamente com fazedores de política pública e com a iniciativa privada;
• Desenvolvam novos conhecimentos através da realização de pesquisa de campo, ou do uso de dados e evidências já existentes.

Os treze países elegíveis para submeter pedidos de financiamento são Angola, Botswana, eSwatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seicheles, África do Sul, Zâmbia e Zimbabué.

Candidaturas serão aceites para financiamento nas categorias Inyosi (Abelha) e Hungwe (Águia). Candidaturas para as categorias de financiamento Namaqualand Daisy e Mosu (Árvore) não serão aceites nesta chamada.

A alocação de subsídios será feita em um processo de duas etapas.

O primeiro passo para se candidatar é ler as diretrizes para a preparação de propostas conceptuais (Diretrizes G3), e depois submeter uma proposta conceptual. A sua proposta conceptual deve ser submetida por email e no formato estabelecido pela Other Foundation (Formulário G1).

Todas as propostas conceptuais serão avaliadas por um painel de pares. Os revisores recomendarão as propostas conceituais que avançarão para a segunda fase do processo. O painel de revisão de pares será composto através de um convite aberto à apresentação de candidaturas para revisores.

Na segunda etapa, os candidatos recomendados serão convidados a apresentar propostas completas de subvenção, que serão apresentadas ao conselho diretivo da Other Foundation. O conselho tomará as decisões finais sobre a alocação de subsídios. Um modelo de proposta de financiamento completa será enviada para os candidatos recomendados.

In the second step of the grant-making process, the recommended applicants will be invited to develop a full grant proposal for submission to the Other Foundation’s board of trustees for funding. The board of trustees will make the final decision about grant allocations. A template for a full grant proposal will be sent to recommended grant applicants.

A Fundação terá entre 8 e 10 milhões de rands sul-africanos para cerca de 20 financiamentos plurianuais nesta rodada de subvenções.

A data final para a submissão de candidaturas é domingo, 22 de outubro de 2023.